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Nesse sentido, a ludicidade como conteúdo dos jogos, ginástica, lutas e danças nos programas de exercícios físicos na infância está longe da concepção ingênua de passatempo, brincadeira ou diversão superficial, muito pelo contrário: quando bem planejada, se torna uma importante ferramenta para o desenvolvimento integral da criança. A participação das crianças nas atividades esportivas deve ser voltada, necessariamente, à aquisição de um repertório motor amplo e variado que possibilite uma maior vivência motora – experiência com diferentes formas de se movimentar a fim de criar uma “biblioteca motora” ampla e rica, além dos estímulos que propiciarão um melhor desenvolvimento cognitivo e socioafetivo.
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No entanto, acredita-se importante ressaltar que, durante as primeiras etapas do aprendizado esportivo, denominado como iniciação esportiva, é que se estabelecem as bases do futuro rendimento, sem jamais buscar o rendimento – toda criança tem o direito a não ser campeã.
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Essa afirmação pode ser ilustrada por meio da reflexão dos motivos que levam um adulto a matricular uma criança na educação formal ou em uma “escolinha” de esportes. Quando levamos uma criança para o seu primeiro dia de aula, dificilmente pensaremos que com esta atitude estaremos contribuindo para a formação de um futuro gênio da bioquímica ou da física ou que, ao matricularmos nossas crianças na escola, estaremos contribuindo para a preparação do próximo ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, por exemplo.
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Nas últimas décadas verificou-se uma explosão do profissionalismo no esporte. O interesse da iniciativa privada por essa área e as consequentes oportunidades de independência financeira e ascensão social têm levado os profissionais envolvidos com esse segmento a uma corrida incessante em busca do sucesso, que, em muitos casos, tem trazido sérios prejuízos psicofisiológicos às pessoas envolvidas nesse processo. Diversos problemas, como dificuldades em melhorar o desempenho, conflito entre técnico e atleta, uso de drogas muitas vezes utilizadas como doping em busca de melhores resultados e estresse emocional, são extremamente intensificados pela incrível pressão exercida pelas sessões de treinamento em face das exigências da preparação dos atletas de elite que se inicia cada vez mais precocemente.
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Por fim, jovens atletas precisam ser encorajados a se tornarem menos dependentes e mais autônomos em suas decisões. Os jovens devem aprender com o esporte que não são perfeitos e que vão errar muitas vezes. Eles não deveriam ter receio de agir por medo de errar. É preciso ensiná-los a ter iniciativa, agir e ousar sabendo que vão errar muitas vezes. Os erros os tornam mais fortes se forem aceitos de maneira apropriada.
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a. Faça uma releitura do artigo e preencha o quadro que segue:
PROBLEMAS ABORDADOS / CONSEQUÊNCIAS
1 Resposta
A) O titulo do texto mostra que nossa sociedade vem pressionando os indivíduos desde há infância para que estes sejam os melhores a todo custo, o que não é saudável.
B) O texto é produzido em um contexto de profissionalização dos jogos e esportes, em que ocorre uma forte pressão para que as crianças sejam sempre melhores que seus adversários em tais práticas.
C) Prejuízo na capacidade cognitiva devido aos complexos que são criados na mente, como bloqueio para o desenvolvimento de diversas atividades.
D) A relação consiste em mostrar que todos nós possuímos limitações e defeitos, e que isso não nos faz inferiores, apenas diferentes, o artigo mostra que devemos tomar nossas escolhas.
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