Ocajueiroo cajueiro já devia ser velho quando nasci. ele vive...

Creusacosta

Ocajueiroo cajueiro já devia ser velho quando nasci. ele vive nas mais antigas recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. agora vem uma carta dizendo que ele caiu. lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, "beijos", violetas. tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado de casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. a carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas depois foram brincar nos galhos tombados. foi agora, em setembro. estava carregado de flores. braga, r. in: arrigucci jr., d. (org.) melhores contos. são paulo: global editora, 2001 (adaptado).o texto é trecho de uma das mais famosas e bem acabadas crônicas brasileiras, gênero que tem por definição a) veicular emoções experimentadas pelo eu lírico. b) dissertar sobre as condições da vida humana. c) levantar reflexões a partir de fato do cotidiano. d) tecer elogios ufanistas à natureza da pátria. e) narrar as memórias grandiosas do enunciador.

1 Resposta

Paulricar

A resposta é a letra C.
a crónica tem como definição levantar reflexões a partir de lições de vida a partir de fatos do cotidiano.
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