Como se iniciou a supressão das fronteiras nacionais
1 Resposta
A questão das fronteiras entre territórios distintos origina tambémdebates apaixonados. Obviamente, as fronteiras políticas dos actuaisEstados-Nação, que não têm em conta as realidades históricas,linguísticas, culturais e regionais, não só são unicamente arbitráriasmas, sobretudo, aberrantes e completamente inaceitáveis. Mas se formosperguntar a opinião aos índios americanos, aos povos africanos ou aospalestinianos sobre o que pensam da possibilidade de viverem numacompleta ausência de fronteiras reconhecidas, dar-nos-emos conta de quãoilusórias são algumas atitudes.
Algumas pessoas pensam que a supressão das fronteiras, abrindo as portasdos países industrializados a uma imigração em massa das povoaçõespobres, constituiria a solução para todas as velhas injustiças. Além doseu carácter certamente irresponsável, esta ideia, por mais generosa quepossa parecer à primeira vista, não tem em conta um facto de todoevidente: os p+problemas sociais, económicos, políticos, culturais ereligiosos dos países do Terceiro Mundo que pura e simplesmente não seirão resolver com uma fuga em massa dos seus cidadãos nacionais para ospaíses “ricos”, muito pelo contrário. Para os países de recepção, oimpacto na Ecologia, bem como nas suas sociedades, de um fluxomigratório de tamanha envergadura seria catastrófico. E isso sem contarcom os desequilíbrios da demografia étnica que geraria. Em qualquercaso, sejam quais forem as políticas de imigração adoptadas, o Ocidenteterá que lidar mais cedo ou mais tarde com as consequências da suaconstante exploração das nações da África, da Ásia e da América Latina.
A verdadeira solução para as condições miseráveis em que sofrem os povosdestes três continentes reside, como para qualquer outro povo, numaverdadeira revolução social emancipadora, na sua libertação dos jogosobscurantistas e teocráticos que os oprimem e na conservação dos seusparticularismos étno-culturais mais enriquecedores para eles bem comopara a Humanidade, em todo o seu conjunto. A supressão das fronteiras éuma questão actualmente muito promovida na propaganda dos movimentos“radicais” de corte libertário ou de extrema-esquerda. Contudo, esteconceito implica evoluções racistas, imperialismos e danos ecológicosdevastadores que não chegam a ser tomados em conta. Curiosamente, osneoliberais do Capital tendem também a negar as fronteiras e a fomentar ahomogeneização das identidades.
Fronteiras criaram-se muitas no passado e acabaram por cair, outras secriarão no futuro e voltarão a cair e assim sucessivamente. E os povosdas regiões mais distintas do Mundo continuam a sofrer alterações maisou menos acentuadas ao longo da sua existência. Tal coisa é imperativahistórica. Todos os libertários partilham o internacionalismo,supostamente antioficial, tal como os Nacional-Anarquistas, para osquais a solidariedade internacional são palavras muito apreciadas. Osproblemas que implica a manutenção das actuais fronteiras sãoevidentemente escandalosos para um povo sem soberania reconhecida como éo caso dos bascos, dos bretões, dos corsos e dos curdos, cujas terrasforam espoliadas, ignoradas por linhas traçadas sobre um mapa; ou aindaos afro-americanos, que tendem cada vez mais a constituírem-se comosendo uma nação separada do poder federal.
Os governos e os Estados não devem entrepor-se no caminho para aautodeterminação dos povos e dos indivíduos. E não devem existirfronteiras que limitem a solidariedade, o auxílio mútuo e a cooperaçãovoluntária. Daqui advém, portanto, que a causa internacionalista, sobreeste compromisso, deve ser aplicada no sentido mais franco e equitativo:“nada de fronteiras”, mas afirmando que não devem existir fronteirasimpostas contra a vontade dos grupos humanos sem soberania. Pelo repúdiode toda e qualquer lógica genocida ou assimilacionista, convém lutarpelo pluralismo étnico, pela diversidade das culturas, línguas e tiposraciais, por cada uma delas ser uma fonte da riqueza de toda aHumanidade. Pela solidariedade com os povos em luta contra oimperialismo no mundo, convém optar por um internacionalismo sinceroque, em vez de negar e repudiar as diferenças, as reconheça e asdefenda.
Algumas pessoas pensam que a supressão das fronteiras, abrindo as portasdos países industrializados a uma imigração em massa das povoaçõespobres, constituiria a solução para todas as velhas injustiças. Além doseu carácter certamente irresponsável, esta ideia, por mais generosa quepossa parecer à primeira vista, não tem em conta um facto de todoevidente: os p+problemas sociais, económicos, políticos, culturais ereligiosos dos países do Terceiro Mundo que pura e simplesmente não seirão resolver com uma fuga em massa dos seus cidadãos nacionais para ospaíses “ricos”, muito pelo contrário. Para os países de recepção, oimpacto na Ecologia, bem como nas suas sociedades, de um fluxomigratório de tamanha envergadura seria catastrófico. E isso sem contarcom os desequilíbrios da demografia étnica que geraria. Em qualquercaso, sejam quais forem as políticas de imigração adoptadas, o Ocidenteterá que lidar mais cedo ou mais tarde com as consequências da suaconstante exploração das nações da África, da Ásia e da América Latina.
A verdadeira solução para as condições miseráveis em que sofrem os povosdestes três continentes reside, como para qualquer outro povo, numaverdadeira revolução social emancipadora, na sua libertação dos jogosobscurantistas e teocráticos que os oprimem e na conservação dos seusparticularismos étno-culturais mais enriquecedores para eles bem comopara a Humanidade, em todo o seu conjunto. A supressão das fronteiras éuma questão actualmente muito promovida na propaganda dos movimentos“radicais” de corte libertário ou de extrema-esquerda. Contudo, esteconceito implica evoluções racistas, imperialismos e danos ecológicosdevastadores que não chegam a ser tomados em conta. Curiosamente, osneoliberais do Capital tendem também a negar as fronteiras e a fomentar ahomogeneização das identidades.
Fronteiras criaram-se muitas no passado e acabaram por cair, outras secriarão no futuro e voltarão a cair e assim sucessivamente. E os povosdas regiões mais distintas do Mundo continuam a sofrer alterações maisou menos acentuadas ao longo da sua existência. Tal coisa é imperativahistórica. Todos os libertários partilham o internacionalismo,supostamente antioficial, tal como os Nacional-Anarquistas, para osquais a solidariedade internacional são palavras muito apreciadas. Osproblemas que implica a manutenção das actuais fronteiras sãoevidentemente escandalosos para um povo sem soberania reconhecida como éo caso dos bascos, dos bretões, dos corsos e dos curdos, cujas terrasforam espoliadas, ignoradas por linhas traçadas sobre um mapa; ou aindaos afro-americanos, que tendem cada vez mais a constituírem-se comosendo uma nação separada do poder federal.
Os governos e os Estados não devem entrepor-se no caminho para aautodeterminação dos povos e dos indivíduos. E não devem existirfronteiras que limitem a solidariedade, o auxílio mútuo e a cooperaçãovoluntária. Daqui advém, portanto, que a causa internacionalista, sobreeste compromisso, deve ser aplicada no sentido mais franco e equitativo:“nada de fronteiras”, mas afirmando que não devem existir fronteirasimpostas contra a vontade dos grupos humanos sem soberania. Pelo repúdiode toda e qualquer lógica genocida ou assimilacionista, convém lutarpelo pluralismo étnico, pela diversidade das culturas, línguas e tiposraciais, por cada uma delas ser uma fonte da riqueza de toda aHumanidade. Pela solidariedade com os povos em luta contra oimperialismo no mundo, convém optar por um internacionalismo sinceroque, em vez de negar e repudiar as diferenças, as reconheça e asdefenda.
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