2. de que maneira o escrivão justifica a necessidade de implantação do projeto religioso português?
1 Resposta
Trecho que indica a desconsideração da religiosidade nativa:
O trecho que mostra como Pero Vaz de Caminha desconsidera a possibilidade de uma religiosidade própria dos nativos é o seguinte:
"Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não tem nem entendem crença alguma, segundo as aparências."
Neste trecho, Caminha sugere que os indígenas não possuíam uma crença própria, o que ele interpreta como uma "inocência" e uma "simplicidade" que, segundo ele, os tornaria facilmente receptivos à fé cristã.
Justificativa da necessidade de implantação do projeto religioso português:
Pero Vaz de Caminha justifica a necessidade de conversão dos indígenas à fé cristã como uma extensão da missão de D. Manuel, rei de Portugal, de expandir a fé católica. Ele acredita que, pela simplicidade e abertura dos nativos, seria possível "imprimir-se-á facilmente neles qualquer cunho que lhe quiserem dar," especialmente a crença cristã. Caminha vê os indígenas como receptivos e subservientes ao projeto religioso português e sugere que a missão espiritual se encaixaria na "santa tenção de Vossa Alteza," promovendo a salvação dos nativos e fortalecendo o papel de Portugal como difusor do cristianismo:
"E portanto Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da salvação deles."
Caminha entende a colonização e a conversão dos nativos como uma responsabilidade cristã de D. Manuel, associando a "simples" disposição dos indígenas à oportunidade de realizá-la facilmente, com "pouco trabalho," reforçando a visão de uma "missão civilizadora" portuguesa.
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