Redação sobre; A cegueira do radicalismo e do extremismo: é preciso respeitar quem pensa de forma diferente55 pontos
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A cegueira do radicalismoO Brasil vive a era do radicalismo. E, como em todo ambiente extremado, existem dois lados que, embora berrem, só ouvem o que lhes interessa — mesmo que o trombeteado por suas turbas sejam estelionatos históricos. Na última semana, vivenciamos as pontas mais visíveis dessa radicalização que, em geral, nasce de governos doutrinários movidos por ideologias tacanhas. Não raro, destinadas a maquiar fracassos administrativos. É como se o Brasil se adequasse à imagem shakespeariana do absurdo: “a do louco conduzindo o cego”, onde os cegos são a militância amestrada. O primeiro fato envolveu a ladainha do comemora-não-comemora os 55 anos do golpe de 31 de março de 1964. O outro partiu do ministro de Relações Exteriores, o embaixador Ernesto Araújo, que numa insônia pseudo-acadêmica inventou que o nazismo de Adolf Hitler e o fascismo de Benito Mussolini seriam ideologias de esquerda. Na polêmica sobre o 31 de março, foi o próprio presidente Jair Bolsonaro quem ordenou que se celebrasse o aniversário do golpe – para ele, “revolução” ou “contragolpe”. A questão foi parar na Justiça. Houve liminar, mas aconteceu principalmente o que o mandatário queria: a polarização. Nas ruas, o que se viu foram gatos-pingados a favor e contra a data. Em São Paulo, a Avenida Paulista virou palco de brigas e discussões acaloradas. “Sou patriota e fui para a Paulista comemorar um dia histórico. Vivemos mais de trinta anos de doutrinação e escravidão nas mãos da esquerda comunista”, afirmou um personagem que só quis se identificar como Torres, integrante do movimento Patriotas Lobos do Brasil. “Eu fui às ruas contra a celebração do golpe e contra Bolsonaro”, retruca Antonio Carlos Silva, dirigente do Partido da Causa Operária. “Uma companheira foi agredida pelo grupo de direita, alguns deles tinham tasers e spray, outros carregavam paus”. Nas redes sociais, as disputas mais renhidas duraram uma eternidade. “Há milícias organizadas nas redes”, lamenta o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz. “Elas usam robôs e perseguem opiniões e pessoas que pensam de forma diferente”.
Explicação:
bons estudos!!❤️
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