1 Resposta
Após a Revolução Industrial (séc. XVIII) e até os dias de hoje,
pode-se verificar três grandes tipos de modelos produtivistas
no contexto do modo de produção capitalista: taylorismo,
fordismo e toyotismo. O taylorismo é considerado um modelo
pioneiro seguido pelo fordismo (XVIII / XIX). Ambos apresentam características bem semelhantes, tais como:
1) a rigidez na produção de mercadorias – produção padronizada por meio da utilização de cronômetros e sistema de
esteiras que levam a produção em série e geram grandes
estoques;
2) verticalização das relações internas da empresa – presença de uma hierarquia de cargos que proporciona uma certa
impessoalidade tanto nas relações sociais, quanto nas ordens advindas de esferas superiores. O funcionário não participa das decisões administrativas, ele é simplesmente um
executor de comandos (homem-boi);
3) funcionário monofuncional – altamente especializado em
uma função, submetido a tarefas simples, repetitivas e que
o torna um apêndice da máquina que opera.
Em função de uma grande crise pela qual passou o sistema
capitalista nos anos 70 do século XX (queda das taxas de lucros, crescimento da concorrência e elevação dos custos de
produção), a burguesia viu-se obrigada a investir em um novo
modelo produtivista, o qual ficou conhecido como toyotismo.
Dentre as suas principais características, podemos apontar:
1 - a flexibilização do processo de produção, tanto no que diz
respeito a tecnologia, quanto ao perfil da mão-de-obra empregada, uma vez que, frente a enorme concorrência, fez-se
necessário o atendimento a nichos de mercados variados, o
que, obviamente, exigia a diversificação da produção. Além
disso, a fim de se evitar gastos elevados com estoques, a
produção é realizada de acordo com a demanda, ou seja, ao
tempo certo (just in time).
2 - a horizontalização das relações internas da empresa, através da criação de células de trabalho em que o próprio funcionário se auto-supervisiona. Além do mais, o funcionário
passa a ser chamado a opinar sobre as políticas administrativas, fazendo com que este se sinta valorizado e vista a
“camisa” da empresa.
3 - necessidade de funcionários multifuncionais,
multiespecializados e com grande capacidade de adaptação, atendendo, assim, às novas necessidades da empresa.
Explicação: Apesar da diferenciação clara entre esses dois modelos
(taylorismo/fordismo x toyotismo), todos apresentam semelhanças no que diz respeito a necessidade de racionalização da
produção e das decisões, assim como em relação ao planejamento e a burocratização das atividades. Além do mais, todos
podem ser considerados mecanismos de reprodução do capital e meios para a exploração da força de trabalho.
Independentemente das diferenças e semelhanças, todos os
modelos em questão procuram atender aos interesses da burguesia, portanto, intensificando e aprofundando as desigualdades entre as classes sociais.
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