Tendo como referência o texto “Centros e Periferias no Mundo L...

Tendo como referência o texto “Centros e Periferias no Mundo Luso-Brasileiro, 1500-1808” faça uma análise da explicação de Russel-Wood sobre as política de distribuição de cargos, mercês e privilégios em relação às diferenças e continuidades do modelo de Centro-Periferia entre metrópole, colônia e intracolônia.

1 Resposta

Após a Revolução Industrial (séc. XVIII) e até os dias de hoje,

pode-se verificar três grandes tipos de modelos produtivistas

no contexto do modo de produção capitalista: taylorismo,

fordismo e toyotismo. O taylorismo é considerado um modelo

pioneiro seguido pelo fordismo (XVIII / XIX). Ambos apresentam características bem semelhantes, tais como:

1) a rigidez na produção de mercadorias – produção padronizada por meio da utilização de cronômetros e sistema de

esteiras que levam a produção em série e geram grandes

estoques;

2) verticalização das relações internas da empresa – presença de uma hierarquia de cargos que proporciona uma certa

impessoalidade tanto nas relações sociais, quanto nas ordens advindas de esferas superiores. O funcionário não participa das decisões administrativas, ele é simplesmente um

executor de comandos (homem-boi);

3) funcionário monofuncional – altamente especializado em

uma função, submetido a tarefas simples, repetitivas e que

o torna um apêndice da máquina que opera.

Em função de uma grande crise pela qual passou o sistema

capitalista nos anos 70 do século XX (queda das taxas de lucros, crescimento da concorrência e elevação dos custos de

produção), a burguesia viu-se obrigada a investir em um novo

modelo produtivista, o qual ficou conhecido como toyotismo.

Dentre as suas principais características, podemos apontar:

1 - a flexibilização do processo de produção, tanto no que diz

respeito a tecnologia, quanto ao perfil da mão-de-obra empregada, uma vez que, frente a enorme concorrência, fez-se

necessário o atendimento a nichos de mercados variados, o

que, obviamente, exigia a diversificação da produção. Além

disso, a fim de se evitar gastos elevados com estoques, a

produção é realizada de acordo com a demanda, ou seja, ao

tempo certo (just in time).

2 - a horizontalização das relações internas da empresa, através da criação de células de trabalho em que o próprio funcionário se auto-supervisiona. Além do mais, o funcionário

passa a ser chamado a opinar sobre as políticas administrativas, fazendo com que este se sinta valorizado e vista a

“camisa” da empresa.

3 - necessidade de funcionários multifuncionais,

multiespecializados e com grande capacidade de adaptação, atendendo, assim, às novas necessidades da empresa.

Explicação: Apesar da diferenciação clara entre esses dois modelos

(taylorismo/fordismo x toyotismo), todos apresentam semelhanças no que diz respeito a necessidade de racionalização da

produção e das decisões, assim como em relação ao planejamento e a burocratização das atividades. Além do mais, todos

podem ser considerados mecanismos de reprodução do capital e meios para a exploração da força de trabalho.

Independentemente das diferenças e semelhanças, todos os

modelos em questão procuram atender aos interesses da burguesia, portanto, intensificando e aprofundando as desigualdades entre as classes sociais.

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