Tradicionalmente na historiografia brasileira, o conceito de plantation mais usado foi o de “grande lavoura”, de Caio Prado Jr., relacionado à produção do açúcar, produto voltado ao mercado externo que foi durante o período colonial a principal riqueza da colônia. A grande exploração agrária teria sido consequência “natural” do “sentido da colonização” baseada no “latifúndio, monocultura e trabalho escravo”. (...) O engenho de açúcar era o modelo da plantation no Brasil colonial. Adaptado de: FARIA, Sheila de Castro, IN: VAINFAS, Ronaldo. Dicionário do Brasil Colonial (1500-1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2000, adaptado para fins didáticos.
TEXTO 2
“Apesar da ênfase dada à agroexportação do açúcar, a economia colonial não se esgotava nas plantações de açúcar voltadas para o mercado europeu. (...) Havia os pequenos produtores de alimentos que, utilizando o trabalho familiar e / ou escravo, abasteciam os engenhos e as cidades (...) Nunca desde o início da instalação da agroindústria, houve a diminuição do volume de açúcar produzido nas áreas a eles destinadas. (...) No momento do declínio do preço internacional, houve ampliação das áreas de cultivo de cana e produção de açúcar. Isso nos leva a concluir que, mesmo um período de diminuição dos preços do açúcar no mercado externo, houve ampliação do consumo interno do produto. As mais ricas regiões produtoras de açúcar da Bahia tinham, em média, 12 escravos por engenho. Somente 17% dos cativos se encontravam em engenhos com mais de 150 escravos.
Do que se conclui que a maior parte da população escrava se encontrava na pequena ou média propriedade. A grande unidade agrária não produzia alimentos suficientes para sustentar os que nela viviam, obrigando-os a comprar no mercado parte dos alimentos que consumiam. Foi por isso que em inúmeras áreas surgiram propriedades escravistas voltadas justamente para esse mercado interno”.
FRAGOSO, João, Florentino, MANOLO Florentino e FARIA Sheila de Castro. A economia colonial brasileira (séculos XVI-XIX). São Paulo, Atual, 1998, pp.49-56. Adaptado para fins didáticos.
Historiografia é uma palavra de origem grega derivada de grafia (escrita) e História. Ou seja, a historiografia é o conjunto de obras que os historiadores produziram ao longo do tempo. Acima temos trechos de textos historiográficos, escritos por autores que, após pesquisarem, chegaram a diferentes conclusões sobre o passado histórico do Brasil.
Com base na leitura dos textos e nos seus conhecimentos sobre o tema a colonização portuguesa na América:
1) Identifique os aspectos fundamentais da interpretação historiográfica sobre a colonização da América portuguesa apresentada no texto 2. (0,75)
2) Compare como as abordagens historiográficas presentes nos textos 1 e 2 distanciam-se. (1,25)
3) Avalie se a produção e circulação de riquezas na América portuguesa atendia apenas aos interesses metropolitanos. (2,0)
TEXTO 2
“Apesar da ênfase dada à agroexportação do açúcar, a economia colonial não se esgotava nas plantações de açúcar voltadas para o mercado europeu. (...) Havia os pequenos produtores de alimentos que, utilizando o trabalho familiar e / ou escravo, abasteciam os engenhos e as cidades (...) Nunca desde o início da instalação da agroindústria, houve a diminuição do volume de açúcar produzido nas áreas a eles destinadas. (...) No momento do declínio do preço internacional, houve ampliação das áreas de cultivo de cana e produção de açúcar. Isso nos leva a concluir que, mesmo um período de diminuição dos preços do açúcar no mercado externo, houve ampliação do consumo interno do produto. As mais ricas regiões produtoras de açúcar da Bahia tinham, em média, 12 escravos por engenho. Somente 17% dos cativos se encontravam em engenhos com mais de 150 escravos.
Do que se conclui que a maior parte da população escrava se encontrava na pequena ou média propriedade. A grande unidade agrária não produzia alimentos suficientes para sustentar os que nela viviam, obrigando-os a comprar no mercado parte dos alimentos que consumiam. Foi por isso que em inúmeras áreas surgiram propriedades escravistas voltadas justamente para esse mercado interno”.
FRAGOSO, João, Florentino, MANOLO Florentino e FARIA Sheila de Castro. A economia colonial brasileira (séculos XVI-XIX). São Paulo, Atual, 1998, pp.49-56. Adaptado para fins didáticos.
Historiografia é uma palavra de origem grega derivada de grafia (escrita) e História. Ou seja, a historiografia é o conjunto de obras que os historiadores produziram ao longo do tempo. Acima temos trechos de textos historiográficos, escritos por autores que, após pesquisarem, chegaram a diferentes conclusões sobre o passado histórico do Brasil.
Com base na leitura dos textos e nos seus conhecimentos sobre o tema a colonização portuguesa na América:
1) Identifique os aspectos fundamentais da interpretação historiográfica sobre a colonização da América portuguesa apresentada no texto 2. (0,75)
2) Compare como as abordagens historiográficas presentes nos textos 1 e 2 distanciam-se. (1,25)
3) Avalie se a produção e circulação de riquezas na América portuguesa atendia apenas aos interesses metropolitanos. (2,0)
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