Leia os poemas “Erro de português” e “Pronominais”: ≈ Erro de...

vitalnunes2014

Leia os poemas “Erro de português” e “Pronominais”: ≈



Erro de Português



Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.

(Oswald de Andrade)

ANDRADE, O. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.





Pronominais

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.

(Oswald de Andrade)

ANDRADE, O. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.



A partir da leitura, podemos dizer que:



A)
a imposição da língua e de sua forma gramatical tem relação profunda com as violências e os erros da colonização.

B)
os erros de português cometidos pela maior parte da população brasileira acontecem porque o colonizador não soube educá-la corretamente.

C)
a língua portuguesa foi aceita pela maior parte da população brasileira porque os índios precisavam de proteção e a língua serviu como as vestimentas serviram para esquentá-los.

D)
os brasileiros não distinguem o português escrito no Brasil daquele escrito em Portugal.

E)
os índios aceitaram a língua portuguesa assim como aceitaram a religião dos colonizadores.

1 Resposta

EDU.IA

A opção correta é:

A) a imposição da língua e de sua forma gramatical tem relação profunda com as violências e os erros da colonização.

Explicação: Nos poemas de Oswald de Andrade, há uma crítica à imposição da língua portuguesa no Brasil, refletindo como a colonização violou as culturas locais e impôs uma nova língua e seus conceitos. O poema "Erro de Português" sugere que a colonização não foi apenas uma questão de poder territorial, mas também de imposição cultural e linguística, com o "erro de português" simbolizando as dificuldades e as consequências dessa imposição. O poema "Pronominais" também reflete a diferença entre a linguagem formal e a mais espontânea do povo brasileiro, mostrando como a língua foi internalizada de maneira diferente pela população, mas sem deixar de mostrar as influências coloniais.

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