5) FRACOTES VIRAM MUSCULOSOS EM AVATARES DE REALIDADE VIRTUAL Folha de S. Paulo Os homens são altos, têm troncos e biceps fortes. As mulheres, de cabelos longos, fazem questão de afinar a cintura e aumentar os seios. Não estamos em uma academia, tampouco em um centro cirúrgico, mas no ambiente virtual Second Life, em que internautas criam avatares com versões mais caprichadas de si mesmos.
A conclusão é da pesquisa “Just Like Me, but Better” (igualzinho a mim, só que melhor), feita pelas professoras Suely Fragoso e Nísia Rosário, do programa de pós –graduação em comunicação da Unisinos (Universidade do vale do Rio dos sinos, no Rio Grande do Sul) e apresentada na 6ª Conferência Internacional em Cultura, Tecnologia e Comunicação , no m~es passado, na França.
Em “Não estamos em uma academia, tampouco em um centro cirúrgico, mas no ambiente virtual Second Life”, o termo “tampouco” pode ser apropriadamente substituído, sem que se perca a informação básica do texto, por:
A) Contudo.
B) Todavia.
C) Visto que.
D) Nem.
6) OS MENINOS DO TRÁFICO --- Lya Luft
O documentário sobre crianças no tráfico, recentemente visto em todo o país, não é de provocar opiniões mas de dilacerar o coração, que anda de sobressalto em sobressalto. Assisti ao documentário encolhida, e tantos dias depois ainda não consegui me sentir inteira. Nunca mais serei a mesma, depois de testemunhar aquilo, e não sei se o documentário mais importante neste mundo de Deus. Aqueles meninos banguelas, aquelas meninas magrelas, aquelas vozes arrastadas de sono e droga, aqueles rostos ocultos de medo ou enfrentando impassíveis, aqueles olhares pedintes ou ferozes, mas muito mais pedintes, feriram como mil punhais qualquer pessoa que não estivesse demais embotada.
Espero que essa ferida seja para sempre. Desejo que nunca, nem um dia, a gente esqueça. Eu não quero esquecer, pois, sem usar drogas nem conviver com traficantes, indiretamente, como todo brasileiro, fui responsável pela vida e pela morte deles, pois todos, menos um, já morreram. Nós os matamos.
Vou pensar todos os dias que continuam morrendo crianças iguais àquelas, que poderiam ser meus filhos, teus filhos, nossos filhos. Eram nossos, aqueles meninos e meninas, sonados, ferozes ou tristíssimos, que a gente tem vontade de botar no colo e confortar. Mas confortar com o quê? E aquela arma, e aquelas drogas, e aquela infelicidade, e aquela desesperança? Fazer o quê?
Espero que essa ferida e essa vergonha nos deem alguma ideia salvadora e nos levem a uma postura determinada, que gere ações efetivas, eficientes, reais. Não promessas, não seminários com sociólogos, religiosos, psicólogos e antropólogos, médicos e, quem sabe, policiais. Não entrevistas comovidas e comoventes em televisão e jornais, mas atitudes e ações. Não acredito que elas aconteçam: deixamos que o problema se alastrasse demais, permitimos a guerra civil. Nos assustamos um pouco, aqui e ali interrompemos a dança insensata e nos emocionamos, mas nada além disso. A ferida aberta pelo documentário e pela realidade talvez continue incomodando. Contra ela só há dois remédios: agir ou alienar-se mais. Desejo que ela nos machuque feito brasa ardente, até o fim da nossa miserável vida.
Para a autora do texto, a única forma de resolver os problemas registrados pelo documentário ao qual ela se refere é:
A)Provocar opiniões comovidas e dilacerantes.
B)Enfrentar impassivelmente os olhares pedintes ou ferozes.
C) confortar com o colo as vítimas infelizes e desesperadas.
D)Assumir posturas atuantes e eficientes.
Uma das estratégias persuasivas utilizadas pela autora do texto para convencer o leitor e fazê-lo aderir a suas ideias é comovê-lo, ao sugerir que as crianças poderiam ser membros de sua família. Isso pode ser observado especialmente no
A) Primeiro parágrafo.
B) Segundo parágrafo.
C) Terceiro parágrafo.
D) Quarto parágrafo.
A conclusão é da pesquisa “Just Like Me, but Better” (igualzinho a mim, só que melhor), feita pelas professoras Suely Fragoso e Nísia Rosário, do programa de pós –graduação em comunicação da Unisinos (Universidade do vale do Rio dos sinos, no Rio Grande do Sul) e apresentada na 6ª Conferência Internacional em Cultura, Tecnologia e Comunicação , no m~es passado, na França.
Em “Não estamos em uma academia, tampouco em um centro cirúrgico, mas no ambiente virtual Second Life”, o termo “tampouco” pode ser apropriadamente substituído, sem que se perca a informação básica do texto, por:
A) Contudo.
B) Todavia.
C) Visto que.
D) Nem.
6) OS MENINOS DO TRÁFICO --- Lya Luft
O documentário sobre crianças no tráfico, recentemente visto em todo o país, não é de provocar opiniões mas de dilacerar o coração, que anda de sobressalto em sobressalto. Assisti ao documentário encolhida, e tantos dias depois ainda não consegui me sentir inteira. Nunca mais serei a mesma, depois de testemunhar aquilo, e não sei se o documentário mais importante neste mundo de Deus. Aqueles meninos banguelas, aquelas meninas magrelas, aquelas vozes arrastadas de sono e droga, aqueles rostos ocultos de medo ou enfrentando impassíveis, aqueles olhares pedintes ou ferozes, mas muito mais pedintes, feriram como mil punhais qualquer pessoa que não estivesse demais embotada.
Espero que essa ferida seja para sempre. Desejo que nunca, nem um dia, a gente esqueça. Eu não quero esquecer, pois, sem usar drogas nem conviver com traficantes, indiretamente, como todo brasileiro, fui responsável pela vida e pela morte deles, pois todos, menos um, já morreram. Nós os matamos.
Vou pensar todos os dias que continuam morrendo crianças iguais àquelas, que poderiam ser meus filhos, teus filhos, nossos filhos. Eram nossos, aqueles meninos e meninas, sonados, ferozes ou tristíssimos, que a gente tem vontade de botar no colo e confortar. Mas confortar com o quê? E aquela arma, e aquelas drogas, e aquela infelicidade, e aquela desesperança? Fazer o quê?
Espero que essa ferida e essa vergonha nos deem alguma ideia salvadora e nos levem a uma postura determinada, que gere ações efetivas, eficientes, reais. Não promessas, não seminários com sociólogos, religiosos, psicólogos e antropólogos, médicos e, quem sabe, policiais. Não entrevistas comovidas e comoventes em televisão e jornais, mas atitudes e ações. Não acredito que elas aconteçam: deixamos que o problema se alastrasse demais, permitimos a guerra civil. Nos assustamos um pouco, aqui e ali interrompemos a dança insensata e nos emocionamos, mas nada além disso. A ferida aberta pelo documentário e pela realidade talvez continue incomodando. Contra ela só há dois remédios: agir ou alienar-se mais. Desejo que ela nos machuque feito brasa ardente, até o fim da nossa miserável vida.
Para a autora do texto, a única forma de resolver os problemas registrados pelo documentário ao qual ela se refere é:
A)Provocar opiniões comovidas e dilacerantes.
B)Enfrentar impassivelmente os olhares pedintes ou ferozes.
C) confortar com o colo as vítimas infelizes e desesperadas.
D)Assumir posturas atuantes e eficientes.
Uma das estratégias persuasivas utilizadas pela autora do texto para convencer o leitor e fazê-lo aderir a suas ideias é comovê-lo, ao sugerir que as crianças poderiam ser membros de sua família. Isso pode ser observado especialmente no
A) Primeiro parágrafo.
B) Segundo parágrafo.
C) Terceiro parágrafo.
D) Quarto parágrafo.
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