ATIVIDADE: Texto:De onde vêm o bem e o mal?Todos perguntam o q...

Sabrinabrandao

ATIVIDADE: Texto:
De onde vêm o bem e o mal?
Todos perguntam o que é o bem e o que é o mal. A resposta não é fácil, pois há muitas ideias diferentes a respeito. Mas podemos começar por dizer que o bem é uma ação humana positiva, um agir virtuoso, um comportamento adequado. A conduta humana pode ser tanto boa quanto má. É nesse sentido moral que vamos analisar a questão: “o bem e o mal estão relacionados ao comportamento das pessoas. O problema é que o que é bem ou mal para alguém pode não ser para outro, e assim as coisas se complicam.” As religiões e as filosofias sempre deram suas respostas a essa questão.

A forma como Santo Agostinho, filósofo cristão, tentou responder é interessante. Seu argumento era de que o Universo é inteiramente bom, e que o mal é apenas a ausência ou a privação do que é bom. Onde o bem não existe, forçosamente existe o mal. Mas de onde vem o bem? O bem vem de Deus e é a marca do Criador dentro dos seres humanos. Agostinho afirmava que Deus era o supremo Bem; nada poderia ter mais bondade do que Ele. O mal é obra dos próprios seres humanos; resulta da sua liberdade, do seu livre-arbítrio.

Agostinho, porém, afirma a realidade do pecado original como uma herança que todos carregamos, uma vez que somos herdeiros de Adão. Essa semente do mal, provinda do pecado, da liberdade humana diante das leis divinas, só poderá ser curada pela graça de Deus. Outro filósofo cristão, Santo Tomás de Aquino, afirmava o mesmo que Agostinho: de Deus vem a emanação de todo o bem, e o fim último da conduta humana é buscar Deus. Toda ação boa e virtuosa é a que busca Deus.

Sócrates dizia que o bem provém da natureza divina da alma; praticamos o bem quando respeitamos a lei divina. O mal é fruto da ignorância dos seres humanos em relação a essa lei. Portanto, a ideia do bem nos é inata. Agimos bem quando respeitamos essa lei e mal quando a desrespeitamos ou a ignoramos. Na visão socrática, o mal não é pecado, é ignorância do bem.

Outra visão importante da origem do mal considera que existe uma luta entre dois princípios. O modelo dessa concepção está na antiga religião persa. Zaratustra, seu fundador, acreditava que no Universo há duas forças oponentes em eterna disputa: a divindade, origem do bem, e uma anti divindade, origem do mal. Segundo ele - contrariando Agostinho e Sócrates -, o mal não é a ausência do bem, nem ignorância das leis divinas: ele tem uma existência e é tão real quanto o bem. As ideias de Zaratustra exerceram muita influência no mundo e em outras religiões. Depois dele, houve Mani (216-277), profeta também persa que fundou o maniqueísmo, justamente a ideia de que existem um bem e um mal absolutos.

Mais tarde, Jacob Boehme (1575-1624), teólogo alemão influenciado pela tese de Zaratustra, defendeu que, na realidade das coisas e do Universo, havia mesmo dois princípios em luta: o bem e o mal. Mas esses princípios antagônicos estão no próprio Deus. Eles estão unidos a Deus de forma conflitante e isso pode ser observado na realidade. Assim, esse antagonismo aparece nas criaturas de Deus, na natureza e no ser humano.

Existe ainda outra visão, que podemos chamar de evolucionista. Segundo ela, o objetivo final de todos nós é ser bons. O mal é apenas um erro passageiro, enquanto não aprendemos a ser bons. Essa é, por exemplo, a visão espírita e de outras correntes espiritualistas.

SCHNEIDERS, Amélia & CORREA, A. Avelino. De mãos dadas: educação religiosa. São Paulo, Scipione, 1997

ATIVIDADES:
1. Como você entende o bem e o mal?

resposta:

2. Explique a afirmação: “O bem e o mal estão relacionados ao comportamento das pessoas. O problema é que o que é bem ou mal para alguém pode não ser para outro, e assim as coisas se complicam.”

resposta:

3. Exemplifique atitudes/ações que caracterizam o bem e o mal.

resposta:

4. Qual das explicações presentes no texto você tem mais proximidade?

resposta:

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1 Resposta

EDU.AI

1. Como você entende o bem e o mal?
Resposta: O bem e o mal podem ser entendidos como conceitos éticos e morais que refletem comportamentos e escolhas humanas. O bem é geralmente associado a ações positivas, virtuosas e altruístas, que promovem harmonia, respeito e benefício aos outros. O mal, por outro lado, está relacionado a ações negativas, prejudiciais ou egoístas, que causam sofrimento ou desordem. Esses conceitos podem variar de acordo com a cultura, religião e perspectiva individual, mas em essência, o bem e o mal são guiados por princípios éticos e pela intenção de promover ou evitar danos.

2. Explique a afirmação: “O bem e o mal estão relacionados ao comportamento das pessoas. O problema é que o que é bem ou mal para alguém pode não ser para outro, e assim as coisas se complicam.”
Resposta: A afirmação reflete a ideia de que o bem e o mal não são absolutos, mas sim conceitos que dependem de contextos culturais, sociais e individuais. O que é considerado correto ou virtuoso em uma sociedade pode ser visto como errado ou inadequado em outra. Por exemplo, um ato de coragem em uma cultura pode ser interpretado como imprudência em outra. Esse relativismo ético torna a definição de bem e mal complexa, pois depende das perspectivas, valores e crenças das pessoas envolvidas.

3. Exemplifique atitudes/ações que caracterizam o bem e o mal.
Resposta:

  • Atitudes/Ações que caracterizam o bem:

    • Ajudar alguém em necessidade, como oferecer comida a uma pessoa faminta.
    • Demonstrar empatia e respeito pelos sentimentos dos outros.
    • Proteger o meio ambiente, reciclando e reduzindo desperdícios.
    • Trabalhar de forma honesta e justa, respeitando os direitos dos outros.
  • Atitudes/Ações que caracterizam o mal:

    • Roubar ou enganar alguém para benefício próprio.
    • Maltratar ou discriminar uma pessoa por sua raça, gênero ou religião.
    • Poluir o ambiente de forma consciente e negligente.
    • Espalhar mentiras ou calúnias que prejudiquem outras pessoas.

4. Qual das explicações presentes no texto você tem mais proximidade?
Resposta: Tenho mais proximidade com a explicação de Santo Agostinho, que relaciona o bem à presença de Deus e o mal à ausência do bem. A ideia de que o bem é a marca do Criador em nós e que o mal surge do uso inadequado do livre-arbítrio é compatível com a visão de que somos responsáveis por nossas escolhas. Além disso, a explicação de que a graça de Deus pode curar a tendência ao mal destaca a importância da busca pela virtude e do desenvolvimento espiritual.

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