LÍNGUA PORTUGUESAAtividade 13Leia o texto abaix
LÍNGUA PORTUGUESA
Atividade 13
Leia o texto abaixo.
Pela porta aberta entra a luz da rua, o barulho da rua; a rua entra pela porta formando um corredor de vida alheio à casa. A sala não tem dimensão.
Fechada a porta, a casa inteira fecha-se ao redor de si mesma [...]. A força da porta fechada dá maior dignidade ao silêncio.
O silêncio da casa é feito dos barulhos de fora. Se tudo em volta se calasse, minha respiração seria ensurdecedora.
Ninguém me sabe à espreita atrás das venezianas cerradas, as pessoas que passam na rua, quase ao meu lado, não me imaginam sentada na penumbra desta casa tão imóvel. Não há sequer roupa estendida na corda; nenhum fogo foi aceso ainda.
Parada, penso que a poeira se deposita sobre mim como sobre um móvel, engolindo aos poucos o cheiro do corpo, abafando lentamente seu calor, enquanto tento tomar parte na casa vazia. [...]
O tempo passa, enquanto a casa espera, paciente, o meu cansaço. [...]
Lá fora, as pessoas que passam semeiam trechos de conversa; e eu me descubro sorrindo matreira como criança escondida em armário, já desligada do silêncio, sem prestar mais atenção ao vazio.
Estou mesmo cansada.
Subo a escada de madeira pisando bem no canto dos degraus para evitar rangidos. Através da janela, me despeço do pátio dos vizinhos. Depois deito na cama, à espera de que cresça em mim o alto capim do sono.
COLASANTI, Marina. Eu sozinha. São Paulo: Global, 2018.Fragmento.
Nesse texto, no trecho “... a casa espera, paciente, o meu cansaço.” (6º parágrafo), a figura de linguagem foi usada para
atribuir sentimentos humanos à casa.
comparar a imobilidade da casa com a apatia da moradora.
mostrar um exagero em relação ao “cansaço” da moradora.
representar o emprego impróprio da palavra “cansaço”.
retratar ações contraditórias do personagem.
Atividade 13
Leia o texto abaixo.
Pela porta aberta entra a luz da rua, o barulho da rua; a rua entra pela porta formando um corredor de vida alheio à casa. A sala não tem dimensão.
Fechada a porta, a casa inteira fecha-se ao redor de si mesma [...]. A força da porta fechada dá maior dignidade ao silêncio.
O silêncio da casa é feito dos barulhos de fora. Se tudo em volta se calasse, minha respiração seria ensurdecedora.
Ninguém me sabe à espreita atrás das venezianas cerradas, as pessoas que passam na rua, quase ao meu lado, não me imaginam sentada na penumbra desta casa tão imóvel. Não há sequer roupa estendida na corda; nenhum fogo foi aceso ainda.
Parada, penso que a poeira se deposita sobre mim como sobre um móvel, engolindo aos poucos o cheiro do corpo, abafando lentamente seu calor, enquanto tento tomar parte na casa vazia. [...]
O tempo passa, enquanto a casa espera, paciente, o meu cansaço. [...]
Lá fora, as pessoas que passam semeiam trechos de conversa; e eu me descubro sorrindo matreira como criança escondida em armário, já desligada do silêncio, sem prestar mais atenção ao vazio.
Estou mesmo cansada.
Subo a escada de madeira pisando bem no canto dos degraus para evitar rangidos. Através da janela, me despeço do pátio dos vizinhos. Depois deito na cama, à espera de que cresça em mim o alto capim do sono.
COLASANTI, Marina. Eu sozinha. São Paulo: Global, 2018.Fragmento.
Nesse texto, no trecho “... a casa espera, paciente, o meu cansaço.” (6º parágrafo), a figura de linguagem foi usada para
atribuir sentimentos humanos à casa.
comparar a imobilidade da casa com a apatia da moradora.
mostrar um exagero em relação ao “cansaço” da moradora.
representar o emprego impróprio da palavra “cansaço”.
retratar ações contraditórias do personagem.
0 Respostas
Mais perguntas de Português
Top Semanal
Top Perguntas
Você tem alguma dúvida?
Faça sua pergunta e receba a resposta de outros estudantes.