Olhava mais era para Mãe. Drelina era bonita, a Chica, Tomezinho. Sorriu para Tio Terêz: - "TioTerêz, o senhor parece com Pai..." Todos choravam. O doutor limpou a goela, disse: - "Não sei, quando eu tiro esses óculos, tão fortes, até meus olhos se enchem d'água..." Miguilim entregou a ele
os óculos outra vez. Um soluçozinho veio. Dito e a Cuca Pingo-de-Ouro. E o Pai. SEMPRE ALEGRE, MIGUILIM... SEMPRE ALEGRE, MIGUILIM... Nem sabia o que era alegria e tristeza. Mãe o beijava. A Rosa punha-lhe doces-de-leite nas algibeiras, para a viagem. Papaco-o-Paco falava, alto, falava.
(In: Manuelzão e Miguilim; João Guimarães Rosa)
08) Do ponto de vista do estilo e da relação deste com o sentido, esse trecho caracteriza-se:
(A) pela conjunção de narrador em primeira pessoa e em terceira pessoa, interligando solidamente
emissor e receptor. (B) pelo recurso intensivo às figuras de linguagem, com predomínio das metáforas sobre as
metonímias - o que potencia o teor simbólico do texto. (C) pelo predomínio da função emotiva sobre as funções poética e conativa, o que gera a força
encantatória própria do texto. (D) pela sucessão de frases curtas e entrecortadas, que mimetizam o ritmo da emoção implicado na
cena. (E) pela dominância da adjetivação afetiva, que traz à tona e potencia a emoção própria da cena.
os óculos outra vez. Um soluçozinho veio. Dito e a Cuca Pingo-de-Ouro. E o Pai. SEMPRE ALEGRE, MIGUILIM... SEMPRE ALEGRE, MIGUILIM... Nem sabia o que era alegria e tristeza. Mãe o beijava. A Rosa punha-lhe doces-de-leite nas algibeiras, para a viagem. Papaco-o-Paco falava, alto, falava.
(In: Manuelzão e Miguilim; João Guimarães Rosa)
08) Do ponto de vista do estilo e da relação deste com o sentido, esse trecho caracteriza-se:
(A) pela conjunção de narrador em primeira pessoa e em terceira pessoa, interligando solidamente
emissor e receptor. (B) pelo recurso intensivo às figuras de linguagem, com predomínio das metáforas sobre as
metonímias - o que potencia o teor simbólico do texto. (C) pelo predomínio da função emotiva sobre as funções poética e conativa, o que gera a força
encantatória própria do texto. (D) pela sucessão de frases curtas e entrecortadas, que mimetizam o ritmo da emoção implicado na
cena. (E) pela dominância da adjetivação afetiva, que traz à tona e potencia a emoção própria da cena.
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