Texto 5 - O bem não se paga com o mal No tempo em que os animais falavam (mas nem todos se entendiam, como veremos...), la certo dia um
lenhador pela floresta, quando ouviu os utros de uma onça, que caira numa
armadilha preparada por alguns
caçadores
O lenhador se aproximou da armadilha e a onça suplicou-lhe que a tirasse dall. O homem ficou
desconfiado:
- Eu, hein?! Você é uma onça, bicho perigoso. Se eu a soltar, depois você vai querer me devorar.
Mas a onça jurou por todas as suas pintas que não, imaginem, jamals fara algo contra seu próprio
benfeitor. Se ele a soltasse, ela lhe seria eternamente agradecida, eternamente reconhecida, eternamente
sua devedora, e tanto falou que acabou convencendo o homem.
Porém... assim que ele a soltou das cordas que a prendiam, a falsa o agarrou:
Sinto muito, amigo, mas estou faminta e você será meu almoçol
- O que?i - bradou o lenhador. - Você promete, jura e ainda me faz uma ingratidão dessas?
Ingrato é o ser humano - filosofou a onça. Pois não estraga a floresta que lhe da a vida? Eu sou
apenas uma onça, animal que come carne, como você sabe, e estou seguindo meus instintos.
Mas o lenhador argumentou: naquele caso, quem tinha razão era ele, a ingrata era ela e, já que não
chegavam a um acordo, teriam que chamar um juiz para decidir a contenda. A onça concordou.
A primeira a passar al foi uma lebre, logo chamada para intervir na questão e julgar as partes contrañas.
A lebre ouviu os argumentos dos dois e depois decidiu:
Não posso fazer um julgamento perfeitamente justo se não souber exatamente como é que a onça
estava antes de ser solta. Por favor, senhora onça, queira voltar a sua posição na armadilha.
A onça, distralda, caiu no logro. Voltou à armadilha e tomou-se novamente uma prisioneira.
Vamos embora - disse a esperta lebre ao homem. -Ela que suplique agora aos caçadores e aprenda
que o bem não se paga com o mal.
PAMPLONA, Rosane. Verso e reverso. o outro lado das histórias. São Paulo: Brinque Book, 2008
1. Que informações você pode antecipar, deduzir, a partir do título do texto?
lenhador pela floresta, quando ouviu os utros de uma onça, que caira numa
armadilha preparada por alguns
caçadores
O lenhador se aproximou da armadilha e a onça suplicou-lhe que a tirasse dall. O homem ficou
desconfiado:
- Eu, hein?! Você é uma onça, bicho perigoso. Se eu a soltar, depois você vai querer me devorar.
Mas a onça jurou por todas as suas pintas que não, imaginem, jamals fara algo contra seu próprio
benfeitor. Se ele a soltasse, ela lhe seria eternamente agradecida, eternamente reconhecida, eternamente
sua devedora, e tanto falou que acabou convencendo o homem.
Porém... assim que ele a soltou das cordas que a prendiam, a falsa o agarrou:
Sinto muito, amigo, mas estou faminta e você será meu almoçol
- O que?i - bradou o lenhador. - Você promete, jura e ainda me faz uma ingratidão dessas?
Ingrato é o ser humano - filosofou a onça. Pois não estraga a floresta que lhe da a vida? Eu sou
apenas uma onça, animal que come carne, como você sabe, e estou seguindo meus instintos.
Mas o lenhador argumentou: naquele caso, quem tinha razão era ele, a ingrata era ela e, já que não
chegavam a um acordo, teriam que chamar um juiz para decidir a contenda. A onça concordou.
A primeira a passar al foi uma lebre, logo chamada para intervir na questão e julgar as partes contrañas.
A lebre ouviu os argumentos dos dois e depois decidiu:
Não posso fazer um julgamento perfeitamente justo se não souber exatamente como é que a onça
estava antes de ser solta. Por favor, senhora onça, queira voltar a sua posição na armadilha.
A onça, distralda, caiu no logro. Voltou à armadilha e tomou-se novamente uma prisioneira.
Vamos embora - disse a esperta lebre ao homem. -Ela que suplique agora aos caçadores e aprenda
que o bem não se paga com o mal.
PAMPLONA, Rosane. Verso e reverso. o outro lado das histórias. São Paulo: Brinque Book, 2008
1. Que informações você pode antecipar, deduzir, a partir do título do texto?
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