1 Resposta
Não, a filosofia que Sócrates praticava não era uma filosofia de senso comum — embora ele partisse do senso comum para questioná-lo.
Explicação:
Senso comum é o conjunto de ideias, crenças e valores aceitos pela maioria das pessoas em uma sociedade, geralmente de forma acrítica, ou seja, sem reflexão profunda. Já a filosofia socrática é exatamente o oposto disso: é uma busca crítica e racional por verdades mais sólidas e coerentes.
O que caracterizava a filosofia de Sócrates:
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Questionamento constante (método dialético): Sócrates fazia perguntas para expor as contradições nas opiniões comuns.
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Maiêutica: ajudava o interlocutor a "dar à luz" ao verdadeiro conhecimento por meio do diálogo.
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Crítica ao senso comum: ele acreditava que muitas pessoas achavam que sabiam, mas na verdade não sabiam nada (daí o famoso "só sei que nada sei").
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Busca por definições universais: em vez de aceitar respostas vagas ou tradicionais, ele queria saber o que era justiça, virtude, coragem, etc., em sua essência.
Exemplo:
Uma pessoa do povo poderia dizer: “Justiça é fazer o bem aos amigos e o mal aos inimigos”. Sócrates não aceitava essa definição superficial e começava a questionar: “Mas o que é o bem? Todos os amigos são bons? Fazer o mal pode ser justo?”
Conclusão:
Portanto, a filosofia socrática não é de senso comum, mas crítica ao senso comum. Ela começa nos conhecimentos cotidianos, mas só para investigá-los profundamente e mostrar suas limitações.
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