LÚDICA: Tem por objetivo divertir, proporcionar prazer. Para os gregos a arte tinha uma funçãohedonística, ou seja, devia causar prazer, retratando o belo. Para eles, o belo, na arte, ocorria na medida
em que a obra era verossímil, isto é, semelhante à verdade ou à natureza.
“De repente do riso fez-se pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.”
(Vinícius de Morais)
PARADIGMÁTICA: Tem por objetivo convencer, ensinar, denunciar. Como toda arte, a literatura está
vinculada à sociedade em que se origina. Não há artistas indiferentes à realidade, pois, de alguma
forma, todos participam dos problemas vividos pela sociedade, apesar das diferenças de interesses e
de classe social. Por vezes, a literatura assume formas de denúncia social, de crítica à realidade;
trata-se de uma literatura engajada, que serve a uma causa político-religiosa ou a uma luta social.
“Provisoriamente não cantaremos o amor
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro...”
(Carlos Drummond de Andrade)
SINTONIZADORA: Tem por objetivo estabelecer ligação entre os homens de diferentes épocas.
Sendo a literatura a arte da palavra e esta, a unidade básica da língua, podemos dizer que a
literatura, assim como a língua que utiliza, é um instrumento de comunicação e por isso, cumpre
também o papel social de transmitir os conhecimentos e a cultura de uma comunidade. Apesar de
estar ligada a uma língua, que lhe serve de suporte, a literatura não está presa a ela, usando-a
livremente, chegando a subverter suas regras e o sentido de suas palavras.
“Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio teria despido / o português.” (Osvald de Andrade)
COGNITIVA: Como transcrição da realidade, a literatura não precisa, necessariamente, estar presa a
ela. Tanto o escritor quanto o leitor fazem uso de sua imaginação: o artista recria livremente a
realidade, assim como o leitor recria livremente o texto literário que lê. O leitor em vez de ser
considerado um elemento passivo, alguém que simplesmente recebe o texto, deve ser visto como
participante, uma vez que também usa sua imaginação para ler a obra e recriá-laCATÁRTICA: Tem por objetivo liberar as pressões e as emoções; é uma espécie de desabafo.
“Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mais nem porquê
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
Cê sabe que a casa é sempre sua,
Olhos nos olhos, quero ver o que
Você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz.
(Chico Buarque de Holanda)
LIBERADORA DO EU: Confunde-se com a função catártica; reflete uma fuga da realidade por
desajuste ou discordância.
“Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija.”
(Augusto dos Anjos)
Relacione as funções da literatura com seus objetivos.
A – lúdica
B – paradigmática
C – sintonizadora
D – cognitiva
E – catártica
F – liberadora do eu
em que a obra era verossímil, isto é, semelhante à verdade ou à natureza.
“De repente do riso fez-se pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.”
(Vinícius de Morais)
PARADIGMÁTICA: Tem por objetivo convencer, ensinar, denunciar. Como toda arte, a literatura está
vinculada à sociedade em que se origina. Não há artistas indiferentes à realidade, pois, de alguma
forma, todos participam dos problemas vividos pela sociedade, apesar das diferenças de interesses e
de classe social. Por vezes, a literatura assume formas de denúncia social, de crítica à realidade;
trata-se de uma literatura engajada, que serve a uma causa político-religiosa ou a uma luta social.
“Provisoriamente não cantaremos o amor
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro...”
(Carlos Drummond de Andrade)
SINTONIZADORA: Tem por objetivo estabelecer ligação entre os homens de diferentes épocas.
Sendo a literatura a arte da palavra e esta, a unidade básica da língua, podemos dizer que a
literatura, assim como a língua que utiliza, é um instrumento de comunicação e por isso, cumpre
também o papel social de transmitir os conhecimentos e a cultura de uma comunidade. Apesar de
estar ligada a uma língua, que lhe serve de suporte, a literatura não está presa a ela, usando-a
livremente, chegando a subverter suas regras e o sentido de suas palavras.
“Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio teria despido / o português.” (Osvald de Andrade)
COGNITIVA: Como transcrição da realidade, a literatura não precisa, necessariamente, estar presa a
ela. Tanto o escritor quanto o leitor fazem uso de sua imaginação: o artista recria livremente a
realidade, assim como o leitor recria livremente o texto literário que lê. O leitor em vez de ser
considerado um elemento passivo, alguém que simplesmente recebe o texto, deve ser visto como
participante, uma vez que também usa sua imaginação para ler a obra e recriá-laCATÁRTICA: Tem por objetivo liberar as pressões e as emoções; é uma espécie de desabafo.
“Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mais nem porquê
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
Cê sabe que a casa é sempre sua,
Olhos nos olhos, quero ver o que
Você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz.
(Chico Buarque de Holanda)
LIBERADORA DO EU: Confunde-se com a função catártica; reflete uma fuga da realidade por
desajuste ou discordância.
“Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija.”
(Augusto dos Anjos)
Relacione as funções da literatura com seus objetivos.
A – lúdica
B – paradigmática
C – sintonizadora
D – cognitiva
E – catártica
F – liberadora do eu
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