1 Resposta
Resumo escrito por mim sobre o maio de 1968, que responde às suas perguntas.
Explicação:
Maio de 1968: outra revolução?
Desejo de ruptura total com a geração anterior. Antes utópico do que dotado de efetividade. Transformação do próprio homem e de seu cotidiano. Na França, movimento estudantil, ganhou adesão do operariado, sem tutela ou direção. Nos EUA, ligado ao movimento pela igualdade racial. Propaganda de massa na crença do progresso e de pertencimento no projeto de melhoramento de vida através da ciência e da tecnologia.
De Gaulle recuperou sua estabilidade política, a iniciativa governamental por meio da ameaça, disseminada como verdade, de “guerra civil” e “incitação à desordem”. Na França, o apelo revolucionário podia, simultaneamente, encantar e amedrontar.
A originalidade dos manifestantes de 1968 esteve em interrogar-se sobre os impasses contemporâneos e decretar a necessidade de um novo tempo que as instituições não eram capazes de incorporar. O impossível poderia ser desejado.
Mas isso foi capturado pela publicidade da sociedade do espetáculo. Em que o real se transforma em imagem, mobiliza comportamentos hipnóticos, há uma “estetização da realidade”, o consumo é estimulado a partir de narrativas. A figura de Che Guevara, por exemplo, realizava a ponte entre o maio francês e a contracultura americana.
Mas como elemento de adição à essa narrativa, a rebeldia deixa de ser sintoma de descontentamento e força propulsora de transformação para se traduzir em um ativismo identitário juvenil. Refletir sobre esse período é descolonizar a mente. Diferença entre gerações de valores políticos e culturais. A imaginação emergia como a única alternativa possível de contestação no interior de uma sociedade cujo progresso técnico era visto como elemento desarticulador das forças subversivas. Lema “imaginação e liberdade”. Emancipação humana se colocava como imperativo “orgânico” e “solidário”.
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